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16.4.09

2º Grande Passeio de Final do 2º período (reportagem)

Num bonito dia domingueiro, cheio de sol, realizou-se mais um dos nossos passeios de final de período. A este desafio compareceu um grande grupo de jovens e os respectivos "jovens" pais. Como manda a tradição, a caravana de carros a caminho do ponto de partida deste evento era enorme. Em plena Via do Infante já dava para ver que a fila era composta por muitos carros. Mas, foi quando paramos na estação de serviço de Silves para um cafezinho, é que tivemos a verdadeira percepção da quantidade. Pois, os lugares foram poucos para tanta gente.
Depois de alguns momentos a viajar de carro, lá chegamos a Lagos. Apesar do ar frio que estava, a boa disposição reinava no ar. O farol da Ponta da Piedade, marcou o início do nosso trajecto. Em poucos minutos todos já estavam prontos para o "pedalanço". Com a foto de grupo tirada demos início à nossa aventura pelas terras do Infante D. Henrique.

Os primeiros metros percorreram o alcatrão da estrada de acesso ao farol. Mas, logo de seguida viramos à direita, entrando num espetacular single-track, que nos levou até à Praia da D. Ana. As emoções começavam a estar em alta. Mas, nem sempre o trilho desce. Surgiu então uma curta subida, que ninguém a conseguiu subir a pedalar. (Pois claro, que ninguém conseguiu, era uma escadaria com degraus altos!) Felizmente, que a subida/escadas não era longa e de seguida veio uma agradável descida até à Avenida dos Descobrimentos, em plena cidade de Lagos.

Nesta curta visita, ainda deu para conhecer a Marina de Lagos, bem como a ponte levadiça, por onde costumam passar os veleiros.
Como o objectivo deste passeio não era uma visita histórico-cultural a Lagos, mas sim uma volta pelo concelho. Rapidamente saímos das ruas da cidade, passando a rolar numa estreita estradinha, que nos levou até Odiáxere. Esta aldeia marcou nova mudança no tipo de trilho. A partir daí passamos a circular numa estreita vereda ao lado de um canal de irrigação da barragem da Bravura.
Com o aumento das curvas, também aumentou o ritmo, alongando o grupo por vários metros. Mas, foi aí que também surgiu o primeiro e único problema mecânico - um simples furo.

À saída deste trilho tivemos uma longa e empedrada surpresa. Ao olharem para "ela" a moral baixou um pouco, mas todos conseguiram enfrentar tamanho obstáculo com sucesso.
Já com as forças recuperadas, voltamos a rolar em estradões e caminhos de terra. A passagem sobre a Via do Infante levou-nos a um majestoso miradouro sobre o vale da ribeira de Odiáxere.
Continuando a rolar rapidamente (com médias de 20 km/h) na direcção de Bensafrim chegamos a mais uma bela surpresa. Neste caso, uma surpresa bem húmida. Aliás, para alguns foi mais molhada do que húmida...
A passagem por Bensafrim levou-nos depois para uma estrada a subir bem chata, que simplesmente partiu todo o grupo. Como tudo na vida, se existem coisas chatas, é porque também existem coisas bem boas. E assim foi. A estrada transformou-se em caminho, depois numa linda vereda. Esta levou-nos para um lindo bosque de sobreiros. Só faltaram os duendes, fadas, trolls, etc.
Mais rapido do que esperava, já estávamos na aldeia do Barão de São João. Agora, já só faltava a última "especial de montanha", que nos levaria ao tão desejado almoço no parque das merendas da Mata Nacional. Não sei se era a fome ou a vontade de subir, mas a verdade é que alguns pareciam ter "turbos" nas pernas. Bem, todos chegaram ao banquete, alguns mais cansados, outros nem por isso. Mas, o mas importante é que todos tinham o mesmo sorriso na cara...


Nestes passeios o que mais me impressiona é a capacidade de recuperação dos mais novos. Quando chegaram estavam cansados. Depois da comidinha e de um "curtíssimo" descanso, lá estão eles agarrados às "bikes", prontos para nova dose.
Assim, não nem podemos dar outra resposta senão: "Pessoal! Está na hora. Vamos partir!" E começamos logo com uma engrançada descida, cheia de curvas e contra-curvas, tudo isto no meio da mata. Sublime.
Os nossos trilhos agora foram sempre para Sul. Umas vezes caminhos, outras estradões. Além disso, ainda tivemos o previlégio de fazer uma travessia de ribeira. Esta última tinha "brinde". Pois, logo de seguida tivemos uma subida com muita, mas mesmo muita pedra.
Apesar destas dificuldades, o pessoal estava com uma "chama" muito positiva. No fundo, o que queriam era chegar ao Burgau. É que, a partir daí o nosso trilho foi sempre à beira mar, sobre as falésias até chegarmos de novo ao ponto de partida - o farol da Ponta da Piedade.Nestas coisas a chegada é sempre um momento estranho. É um misto de alegria e de tristeza. Felizes, pelo excelente tempo passado na companhia de pessoas "especiais", pedalando no meio da Natureza. Tristes, por este momento ter chegado ao fim...