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22.6.10

Passeio de Final de Ano Lectivo - Portela do Lobo

Domingo, dia 20 de Junho. O relógio marcava quase 7 horas da manhã. Apesar da hora, o Sol já tinha começado o seu percurso diário. A estrada praticamente não tinha tráfego. Quando cheguei ao ponto de encontro fiquei atrapalhado. Encontrei um parque vazio, sem carros, nem pessoas. Várias dúvidas vieram à minha mente. Será que o relógio estaria errado? Será que vi bem as horas? Até imaginei que todos estivessem escondidos para uma pequena partida. Que desperdício de energia com tais dúvidas, pois logo a seguir começaram todos a chegar. E quando digo "todos" refiro-me a muita gente, alunos (dos mais novos aos mais velhos), pais e familiares, antigos alunos, amigos,.. Muita gente, muito bem disposta, ansiando por um dia diferente, espectacular e positivo. A partida do parque da escola foi impressionante. Com tantos participantes a coluna feita pelos carros era bem longa.
Cerca de uma hora depois estávamos na Portela do Lobo. Chegados ao ponto de partida do nosso passeio o corropio era enorme. Uns tiravam bicicletas de suportes ou carrinhas, outros vestiam-se a rigor e outros preparavam as bebidas e alimentos.
Com o pessoal todo pronto, só restava dar a partida.

Os primeiros metros foram feitos num ritmo empolgante, não havia ninguém que não quisesse ir na frente. Bom, penso que a descida também terá contribuído para esse ritmo inicial. O piso era bem bom, um estradão largo com algum pó, mas com descidas suaves, nada técnicas, convidando a um ritmo mais forte.

Apesar de estarmos no Alentejo, esta zona de planície não tem nada. Dando resposta ao ditado popular -"Tudo o que sobe, cai"- no nosso caso seria "Tudo o que desce, sobe a seguir", e assim foi com a chegada da primeira subida. Todo o grupo abrandou bastante, dividindo-se em dois com andamentos diferentes. Os primeiros que chegavam aos topos das subidas esperavam sempre em agradável convívio, mantendo-se deste modo o grupo mais junto possível.

Reagrupamento no final de uma subida
Dois ex alunos da nossa escola
A boa disposição do grupo
Panorâmica da zona, com uma das subidas
Fotografia de grupo num antigo moinho

A partir do quilómetro 7 surgiu uma longa descida, com cerca de 3 km. Foi o delírio. Os mais corajosos literalmente "voaram" de curva em curva. Os mais brincalhões saltavam e travavam ao puro estilo de rallye. Enquanto outros simplesmente deliciavam-se com as paisagens, rolando calmamente. No final tínhamos uma bela surpresa. Uma surpresa bem molhada com a travessia do rio Mira.
O rio Mira
Diogo abrindo caminho pelas águas alentejanas
O Miguel a analisar a temperatura da água
O Bernardo a chegar a bom porto na sua máquina
O pai Luís tentando não molhar os pés
O Diogo lutando contra as águas do rio Mira
Ao quilómetro 19 deu-se a divisão do percurso. Os mais novos seguiram em frente, finalizando o percurso um pouco mais à frente. Os restantes viraram à direita, na direcção dumas antenas que ficavam bem no alto de uma montanha. Muito já tinha sido falado e especulado sobre essa infame subida. As expectativas estavam em alta, uns desejando-a e outros receando-a. Quando ela chegou todos atacaram como puderam, criando uma longa fila pelo trilho acima.
Início da subida às antenas
A longa fila de corajosos atacando a subida
Vista de cima
No alto do monte (com as antenas mesmo ali ao lado)
Outra vista do monte das antenas
A descida das antenas foi um momento impressionante. Poucos eram aqueles que estavam à espera de tamanha surpresa. A saída das antenas deu-se com ordem de muito cuidado devido ao terreno. Nas duas primeiras curvas poucos travaram, atingindo alguma velocidade. Mas, quando viraram à direita, o trilho (que já era a descer) inclinou-se de tal forma, que mais parecia uma parede. Foi a loucura. Uns gritaram de emoção e felicidade por não terem caído, outros gritavam completamente "alucinados" pela adrenalina.
As descidas começaram a surgir como do nada. Ainda nós não estávamos recompostos da tal "parede", quando surge mais uma descida fantástica, levando-nos até um pequeno curso de água já seco. O single track que se seguiu foi uma delícia até chegarmos ao início de um imponente corta fogo. Apesar das indicações ninguém acreditava (ou queriam seguir) por tal percurso. Nestas alturas, só existe uma alternativa, que é agarrar na máquina e levá-la ao colo até ao final da subida.
Como o calor já começava a mostrar as suas garras (temperaturas na ordem dos 35º), decidimos cortar um pouco e regressar ao ponto de partida.
Aí as surpresas continuaram. Em primeiro lugar pelo fantástico banho na rua com mangueira. Com uma temperatura de água no ponto, o banho mais pareceu uma sessão termal.
Com o corpinho lavado e revitalizado, chegou a vez da paparoca onde se destacou uma deliciosa "galinha de cabidela". Este momento foi muito bom, com todos bem animados, num muito saudável convívio desde dos mais novos (10 anos) até aos mais velhos (não me deixaram escrever a idade...)
O almoço I
O almoço II
O almoço III

Como conclusão quero agradecer a todos, pois foram "peças" fundamentais para que fosse possível realizar este evento.
Por outro lado quero destacar o saudável convívio deste grupo de pessoas de todas as idades, enriquecendo um pouco mais cada nós.
Por fim resta-me desejar umas belas férias e já sabem com a chegada de Setembro começamos mais umas boas aventuras com as nossas bikes.

Um BEM HAJA A TODOS