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2.12.14

A Rota B1

Eu dei as minhas primeiras pedaladas no mundo do BTT no início dos anos 90. Aliás, o primeiro contacto foi ainda antes. Já não me lembro do ano, mas foi num Verão de 1987 ou 1988, ou então antes... Mas, isso não interessa. A verdade é que foi num passeio de jipe pela arribas da Costa Vicentina, ali para os lados da praia do Carvalhal, em que tive o tal 1º contacto. Nós descíamos um caminho bem inclinado, cheio de regos e pedras... E em sentido contrário, ia gajo montado numa "coisa" que eu nunca tinha visto até aí. O que mais me impressionou foi o facto dele conseguir subir aquela parede, com o piso todo lixado. Com um ritmo de pedalada "estranho" e um rolar lento, aquela bela máquina amarela ia subindo. Essa imagem ficou bem guardada no meu álbum de memórias.

22.11.14

1º Campeonato do Mundo de XCO

Hoje em dia o BTT é umas das actividades desportivas mais populares do nosso país, seja numa vertente a puxar mais para o lazer ou então para a competição. Quando chega o fim de semana constata-se isso mesmo. São centenas, para não dizer milhares, de ciclistas prontos para atacar os trilhos de terras lusitanas. Pequenos grupos ou em grandes grupos, lá vão pedalando e convivendo, numa relação mais intima com a Mãe Natureza. Esta parece ser a receita pelo tamanho sucesso desta modalidade, pois estes factores "infligem" doses de felicidade, atingindo (ou até superando) terapias ou tratamentos energéticos no equilíbrio do corpo e da alma. 
Num contexto ligeiramente diferente, mais voltado para a competição, as provas que se realizam em território nacional são também às centenas. Principalmente depois de terem surgido as maratonas o número de eventos aumentou brutalmente. Praticamente não existe um fim de semana que não tenha pelo menos um evento. O modelo é quase sempre o mesmo. Um percurso tipo maratona (entre 60km e os 100km) para os mais treinados / competitivos, um outro mais curto, a meia-maratona (entre 30km e os 60km) e por vezes um mais curto, o passeio ( com cerca de 20/25km). Estes eventos confirmam, pela enorme adesão que têm, que a fórmula da felicidade e energia positiva dada pela bicicleta são um facto.
Vista panorâmica sobre Durango
É claro, que falta falar nas muitas variantes do BTT, desde do Downhill (DH) ao Cross Country (XCO), seja nas provas a nível nacional ou regional. Mas, a pergunta principal será: Como é que isto tudo nasceu? Não me refiro ao nascimento do BTT, num parto levado a cabo pelo Joe Breeze e companhia. Mas sim, o "clique" que transformou esta modalidade em algo de nível mundial?

13.4.14

De Bicicleta pelo Barlavento Algarvio

Uma viagem de bicicleta pode começar de várias maneiras. Esta nasceu pela necessidade de ir até Lagos. Podia ter optado pelo carro. Huuummm!!! Conforto, ar condicionado e no pior dos casos uma horinha de caminho. Tentador, não é? Mas, eu queria sentir o vento na cara, o calor do Sol, olhar 360º à minha volta sem vidros ou tejadilhos,
sem ter que estar preocupado com limites de velocidade, etc. Por isso, a opção mais sensata foi agarrar na minha bicicleta.
Mas, de seguida voltei a ter mais um dilema. Vou por onde? Raios!!! E agora?? Bem… pela velha e aborrecida 125 são duas horinhas e mais uns pozinhos. O quê????? Durante mais de duas horas ouvir /sentir carros e camiões a passarem em velocidades dignas da Via do Infante. Nãããããooooo quero!!!! Da última vez que o fiz fiquei com a cabeça toda “gazeada”! Ainda hoje tenho náuseas de tanto dióxido de carbono inalado. Então, o que faço?
De repente começou a germinar uma ideiazinha na minha cabeça. Que tal um percurso que passasse por zonas especiais do Interior algarvio? Como por exemplo: barragens, ribeiras e serras. Pareceu-me uma boa ideia. Mas como ir? É aí que entra um site muito interessante: www.gpsies.com. Trata-se de uma ferramenta muito boa para marcar percursos que eu utilizo para btt. Mas, agora serviu para descobrir novas estradas. Bom… estradas não! Melhor será dizer estradinhas. Que eu não conhecia de lado algum. Isto é como atirar no escuro. Só no local é que ficamos a saber se a escolha é boa ou não. Gosto desta sensação de descoberta. Pisar terreno que eu desconhecia.

16.3.14

TRANSROAD Faro - Almodôvar

No passado dia 16 de Março participei pela primeira vez numa prova, aliás num evento, de bicicletas de estrada. Digo evento e não prova, porque o TRANSROAD não tem um carácter de pura competição. Apesar de ter tempos cronometrados, a filosofia inerente tem mais a ver com o prazer de pedalar pela estrada a fora. O TRANSROAD é organizado pela associação Altimetria e tem um formato muito particular. Consiste num conjunto de três eventos que variam de ano para ano. Desta vez, os três foram: o Faro - Alcoutim, o Faro - Fóia e o Faro - Almodôvar. A distância ronda sempre os 80/90 km e as estradas escolhidas são das mais bonitas do Algarve, com passagem quase obrigatória pelas zonas de serra.

9.3.14



A Laura Alves é uma simpática e criativa rapariga que adora, melhor ama o mundo que envolve as bicicletas. Entre muitas aventuras profissionais destaca-se a co-autoria do livro "A Gloriosa Bicicleta" com o Pedro Carvalho. Um belo livro sobre a bicicleta em si, desde da sua história até aos diversos estilos e/ou atitudes na forma de pedalar.
Agora neste novo projecto apresenta 20 formas de estar com a bicicleta, mas no feminino. Ou seja, são vinte testemunhos de mulheres que utilizam a bicicleta no dia-a-dia. O suporte escolhido (para já) é o site Maria Bicicleta, onde as fotografias (Vitorino Coragem) têm um grande destaque com bonitos enquadramentos, mostrando o ambiente em que cada uma utiliza a bicicleta. A agradável estética das fotografias é potenciada pelas dimensões escolhidas, que enchem todo o ecrã. A completar as imagens surgem pequenos textos que nos apresentam a cada uma destas senhoras.
Trata-se de um trabalho muito interessante que mostra mulheres normais, e não atletas, que utilizam a bicicleta. Só prova que não precisamos de ser "atletas" para utilizá-la no dia-a-dia, mesmo que a nossa cidade, vila ou aldeia não seja na Holanda. E reparem nas lindas caras destas simpáticas mulheres. Pois é, todas têm um lindo sorriso que expressa bem um dos efeitos secundários de pedalar numa bicicleta. 

AUTORES
Laura Alves – Jornalista, produtora de conteúdos, co-autora de 'A Gloriosa Bicicleta'

Vitorino Coragem – Jornalista, fotógrafo, documentarista