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20.10.12

Vilamoura Public Bikes

De um dia para o outro Vilamoura foi invadida por bicicletas brancas. Em vários locais encontramos umas estações com cerca de seis bicicletas. O conceito é o mesmo que encontramos em muitas cidades europeias. Em Portugal temos a cidade de Aveiro como um bom exemplo. E na Vilamoura, como funcionam?
Para o curioso que queira experimentar as VPBikes fica frustrado como eu fiquei. Eu bem tentei passar cartões no leitor. Mas nada funciona, nem multibanco, nem visas ou mastercards. Depois, lá descobri que é necessário ter um cartão específico para utilizá-las. O que até concordo, será sempre uma forma de controlo e segurança. Não estava à espera é que os cartões fossem entregues exclusivamente aos residentes de Vilamoura. Ou seja, só sendo residente é que eu poderia experimentar estas “máquinas brancas”. “Que pena.” – pensava eu. No fundo, estas bicicletas são uma excelente alternativa de transporte. Principalmente, pela quantidade de estações que estão espalhadas por Vilamoura. Sendo um transporte limpo e que pode usufruir da extensa rede de ciclovias.
 
Na vida até podemos pensar que controlamos alguma coisa, mas não é nada disso, e a dada altura surgem acontecimentos completamente inesperados, mesmo surpreendentes. Umas vezes podem ser situações delicadas, como podem ser bem gratificantes. E dessa forma, muito surpreendente, surgiu um cartão, abrindo a possibilidade de poder pedalar. Uma amiga e colega, que conhece a minha “pancada” pelas bicicletas, emprestou o cartão de forma generosa e simpática.
Aproveitando uma tarde solarenga, desloquei-me de carro até a uma das tais estações. À minha espera estavam 4 bicicletas branquinhas. Lá escolhi a minha montada e agarrei no tal cartão. O sistema funcionou de forma rápida no processamento digital e na libertação da bicicleta. Ao tirá-la senti logo uma característica delas, o peso. São mesmo muito pesadas.
Em termos de afinação, só permite a acertar a altura do banco de acordo com a nossa estatura. Mas, pareceu-me que de modo geral dão para as estaturas lusitanas.
Começar a pedalar também foi bem fácil. É sentar e pedalar por ali a fora. Aí deixamos de sentir o peso da bicicleta e é agradável a estabilidade que ela proporciona. A direção é talvez um pouco nervosa no início, mas rapidamente habituei-me. Tem um sistema de mudanças de cubo, com 3 andamentos diferentes. Ajudando assim nalgumas subidas, muito poucas, que existem em Vilamoura.
Quando cheguei a uma outra estação também foi bem fácil. Limitei-me a empurrar a bicicleta e encaixá-la no local correto. Ficando imediatamente presa. Para regressar ao carro voltei a utilizar o cartão “mágico” que me libertou uma outra bicicleta. Pois, a minha anterior já tinha partido em missão com outra pessoa.
Quando cheguei ao carro sentia-me bem feliz. Confesso que a sensação de pedalar numa bicicleta que eu posso deixar em segurança nos vários locais, sem ter que ficar minimamente preocupado, é muito agradável. Mas, melhor ainda é ter a confiança que uma outra (ou a mesma) estará à minha espera para poder levar-me para onde preciso. Muito bom.
Curiosamente, o aparecimento destas bicicletas teve um efeito de contágio muito saudável, que foi o aumento do número de pessoas a pedalar pelas ciclovias de Vilamoura. A bicicleta a marcar pontos.

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