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13.10.12

1º Encontro de Pasteleiras em Loulé

Sábado, 6 de outubro, acordo ainda antes do despertador. Eu sentia um entusiasmo, uma vibração que me enchia de energia. Este iria ser o segundo evento de bicicletas deste fim de semana, sem contar com a sessão de cinema do filme “Premium Rush”. E todos eles eventos diferentes, sem um caracter competitivo, sem corridas e rivalidades. O de hoje prometia, era o 1º encontro de pasteleiras da cidade de Loulé.
From 1º encontro de pasteleiras
As pasteleiras são bicicletas antigas, do tempo dos nossos avós, que eram utilizadas como meio de transporte na altura. Algumas das características comuns a estas bicicletas eram o quadro em aço, pintado de preto, o selim em pele com molas e o guiador cromado com travões de alavanca.
Apesar de eu não ter nenhuma em casa, decidi ir na mesma. Uma visita a um evento tão particular merece sempre a pena e normalmente é excelente para tirar umas belas fotografias.
From 1º encontro de pasteleiras
De qualquer modo, não quis aparecer sem bicicleta, por isso levei a minha “urbana”.
Quando cheguei a Loulé, mais precisamente no monumento Engº Duarte Pacheco, que era o ponto de encontro, estava tudo demasiado calmo. Não via pasteleiras em lado nenhum, nem bicicleta alguma. Só eu é que pedalava por ali.
From 1º encontro de pasteleiras
Pensei logo que tinha chegado demasiado cedo e provavelmente, estava tudo ainda atrasado. Por isso decidi dar uma voltinha pela antiga “vila” e procurar uma simpática esplanada para saborear um cafezinho.
Loulé estava cheia de pessoas, principalmente de turistas em enormes grupos com os respetivos guias. A zona do Mercado Municipal e da Câmara eram os mais apinhados, tornando a circulação um pouco complicada por ali. Numa zona bem mais pacata, mas bem menos histórica, saboreei o meu café.
From 1º encontro de pasteleiras
Depois, voltei outra vez ao ponto de encontro e… Nada, nem ninguém com bicicleta. “Que estranho, será que eu fiz confusão com o dia ou o local?” Mas não, estava correto… Decidi telefonar para o nº que estava no e-mail e atenderam. Do outro lado falava uma amável senhora, que prometeu saber o que se passava, apesar de não estar a par do evento. Poucos minutos depois, já tinha a resposta. O 1º encontro de pasteleiras tinha sido anulado devido à falta de participantes. Como é possível? Em Loulé, uma terra com tradição ciclística e ninguém participar.
From 1º encontro de pasteleiras
Bom… eu é que estava ali e não queria dar o tempo por perdido, por isso parti à descoberta da cidade. Mais concretamente, do Parque da Cidade, um espaço recentemente renovado cheio de boas surpresas.
Mesmo ao lado do monumento Engº Duarte Pacheco pedalei por uma rampa que sobe até às traseiras deste. De repente, deixo de ouvir o barulho citadino e passo a ouvir o cantar dos passarinhos, a brisa nas folhas das árvores… Que zona tão tranquila, que paz. Apetece mesmo andar e/ou pedalar por ali.
From 1º encontro de pasteleiras
Com uma pedalada bem calma, fui absorvendo a agradável energia que ia sentindo. Dei umas quantas voltas e encontrava sempre algo diferente e novo. Troncos cheios de texturas, árvores de porte admirável, extensos relvados com suaves ondulações, crianças brincando, senhoras exercitando-se em máquinas,… até o poeta António Aleixo está por lá sentado. Só falta mesmo um pequeno bar/ café, para que se torne perfeito.

Como teria sido espetacular ver montes de pasteleiras a circularem pelos caminhos deste espaço tão bonito que a minha cidade tem…

Quem sabe? Um dia destes.

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