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26.10.09

5 DIAS PELA ECOVIA - parte II

A alvorada foi bem cedo, pois o dia prometia ser bem quente. Além disso, esta etapa iria ser a mais longa (cerca 55km) de todos os 5 dias. Tendo em conta que parte da ECOVIA entre Olhão e Faro ainda não está acabada, só nos restava duas alternativas. Uma seria seguir pela E.N.125, que logo pusemos de parte. A outra, seria fazer uma variante pelo interior, passando por Quelfes. Para ajudar neste percurso alternativo podemos contar com a ajuda de um amigo, o Paulo Quitério.Assim, ainda com o sol baixo e alguma frescura no ar, fomos todos tomar o pequeno-almoço a um café, mesmo em frente à nossa 2ª pousada.
As primeiras pedaladas revelaram-se um pouco lentas, é que o pessoal ainda estava meio a dormitar. Com a chegada do trilho à beira ria, bem aromatizado com a maresia, o ritmo foi aumentando.
Só que esta paisagem não iria durar muito tempo. Ainda, antes de Olhão tivemos que virar para norte, na direcção de Quelfes. Com esta variante veio também um sobe e desce que não tínhamos ainda visto na ECOVIA.

A variante não teve grande história. Depois de alguns estradões, que subiam e desciam, vieram as estradas municipais, planas e rectas, mas com algum trânsito.
Por isso, a chegada a Faro foi de alívio. É que, a partir daqui voltaríamos a pisar os trilhos da ECOVIA. Na passagem por Faro foi só seguir a linha azul. Esta levou-nos pelas ruas mais à beira ria até à parte mais histórica, passando bem pelo seu núcleo histórico. Mas para mim ficou na memória a imagem da longa coluna de jovens a passar pela zona da doca. Lindo.
Perto da estação de comboios voltamos à nossa ria, quase tocando na água. As panorâmicas são de tal modo bonitas, que serviram de pretexto para as mais diversas paragens. Desde, da simples fotografia até à barra energética.
Só que, mais uma vez esta bela zona não ia durar muito tempo. Seguindo as marcações, o grupo “levou” com uma subida até ao Montenegro. A meio da subida acontece o insólito. O amigo David fura o pneu da frente, numa estrada de asfalto super liso.
A partir do Montenegro o percurso da ECOVIA deixa a linha do litoral, para rodar por pinhais em largos estradões, com enormes rectas e um pozinho branco bem fininho, mesmo bom para secar correntes.
Passamos bem pelo meio de alguns dos mais famosos “resort’s” turísticos do Algarve, sempre com algum trânsito à mistura.
Ainda dentro dos ditos pinhais a sinalização desaparece e a nossa salvação foi o amigo GPS, que nos indicava para uma direcção bem estranha. Pois, parecia mesmo que indicava para uma zona privada. Só que esta tinha uma passagem surpresa, uma pequena e curta descida com degraus. Daqui, o caminho volta à terra passando ao lado de um espectacular lago cheio pássaros de todo tipo. O aroma do mar volta outra vez a ser mais forte, sendo presença constante até Quarteira.
Em Quarteira tivemos uma vez mais de ter o privilégio de um soberbo jantar e um Pavilhão para dormirmos, desta vez numa cortesia da Câmara Municipal de Loulé.


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